Do PIC ao PRISM, do DOS ao Azure… o tempo não para! :)

Olá pessoal, tudo certo?

Essa semana, num papo de corredor, estive conversando com o Palma sobre micro-programação, arquiteturas de micro-kernel e como a tecnologia evoluiu nesses últimos anos. Se você se lembra de desenhos como esse, vai entender:

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O desenho acima é um diagrama de blocos do micro-controlador PIC16F62X, um FLASH-Based 8-Bit CMOS que foi uma febre um tempo atrás, para quem gostava de eletrônica digital (como eu :) ). Estudando o data sheet do PIC, era possível implementar uma infinidade de sistemas, de pequenos controladores até programas sofisticados de conversão e controle de dados em digitais. NOR, AND, OR, flip-flop, família 74 CMOS, eram os artefatos de programação digital nos anos 90.

Na mesma época, o mercado era repleto de gigas de teste, onde também era possível aplicar instruções e projetos simplificados, como essas abaixo:

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Talvez alguns dos leitores tenham visto mesas como essas em suas aulas na faculdade, enquanto aprendia os fundamentos de digitais e engenharia de computação.

Hoje, passamos grande parte do tempo no mundo do software, compondo patterns como Pub/Sub, Facade, State, Observer, Proxy, etc, combinando funcionalidades em aplicações de composição, que lembram um pouco essas mesas de testes. Você escolhe seus componentes, serviços e fontes de dados, conecta esses elementos entre si e tem uma aplicação. Passado algum tempo, podemos desligar algumas conexões feitas, reorganizá-las e temos uma nova aplicação.

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Nesse mesma onda, o mundo dos sistemas operacionais também evoluiu. Em 1981 começava a saga do Microsoft DOS (MS-DOS) , que assim como o PC-DOS da IBM, oferecia um ambiente quase obrigatório para quem iniciava no mundo dos PCXT’s. A computação pessoal começava, com um sistema operacional que oferecia uma série de recursos como DIR, RENAME, FORMAT, FDISK, CHDIR, ANSY.SYS, EMM386, COMMAND, entre outros, que faziam a interface entre o usuário e os recursos de uma máquina desafiadora com 640 KB de memória, 10 MB de HD e incríveis 4 MHz de CPU.
Era um admirável mundo novo!!! :)image

Hoje, falamos de sistemas operacionais na nuvem, fazendo uma nova interface entre o usuário e um ambiente massivo de processamento e armazenamento ilimitado. Falamos em transparência de autenticação e integração entre infra-estruturas corporativas locais e aplicações distribuídas em datacenters de última geração, com milhares de máquinas e alta escalabilidade. Parece mesmo o nascimento de um admirável mundo novo!!! :)

Do PIC ao PRISM, passamos de componentes discretos de eletrônica digital aos componentes e patterns de composição para a construção de aplicações compostas.

Do DOS ao AZURE, passamos de recursos de um sistema operacional local, com aplicações de 16 bits em máquinas que viviam a maior parte do tempo isoladas, para um sistema operacional na nuvem, suportando os conceitos da computação elástica.

Realmente, esses últimos 30 anos foram impressionantes. Como serão os próximos 30 anos de evolução em TI ? Talvez não precisemos esperar tanto para nos surpreender com as inovações que estão adiante.

Por enquanto é só! Até o próximo post :)

Waldemir.