SAF 2008 - Dia 03 : O papel do arquiteto em tempos de crise.

Olá pessoal, tudo certo?

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Uma discussão que sempre aparece em tempos de crise está relacionada ao mapeamento de necessidades e principais motivadores de negócio que direcionam uma TI com mais eficiência. Se os tempos são melhores, a mesma discussão vale para a construção de empresas com alta performance.

Mas como estamos em tempos de crise, vamos focar o problema enquanto observamos o papel do arquiteto nas organizações.

Esse foi um dos temas discutidos no segundo e terceiro dia de SAF 2008, em San Francisco. A sessão com Neil Leslie, General Manager da Microsoft, apresentou alguns aspectos que valem tanto para momentos de crise como para momentos de bonança, na redefinição de prioridades para a TI. Vejamos alguns aspectos:

  1. Estabelecer as lideranças dos processos de negócio: Como principal aspecto na reorganização da TI para uma maior eficiência, o estabelecimento de metas bem definidas, assim como papéis e liderenças claras é passo crítico para o sucesso, em qualquer vertical ou empresa;

  2. Eliminar antes de automatizar: Essa máxima é sempre colocada em diversas discussões, quando o assunto é a automação de processos. Pensando em guias de automação, por exemplo, vale sempre escolher os melhores templates e exemplos de código, antes de aplicá-los em processo de automação para geração automática de software. O mesmo raciocínio vale para os processos de TI de uma empresa. Antes da aplicação sistêmica de soluções, vale observar as oportunidades de consolidação de processos, eliminação de atividades desnecessárias ou custosas, assim como melhorias que visam aplicar somente o que a área de negócio realmente necessita;

  3. Ampliar o uso de SOA como o núcleo para o reuso: Sabemos que SOA possui seu próprio cabedal de desafios. Mas é interessante pensar como uma camada de serviços pode ampliar a visibilidade de funcionalidades reutilizáveis na organização. Claro, um dos grandes desafios por si só é a escolha de quais funcionalidades são boas candidatas para exportação como serviços de SOA. Mas o reuso em tempos de crise ou bonança fornece ganhos inquestionáveis;

  4. Olhar para o Software + Services como uma ferramenta para redução de custos: Essa discussão é mais recente e envolve a composição de software on-premise ou hosted, aproveitando uma infra-estrutura de hardware na nuvem. Assim que um número maior de opções de contratos e licenciamentos na nuvem forem sendo disponibilizados, as organizações poderão montar carteiras de serviços híbridas, entre investimentos locais e investimentos na cloud. A decisão sobre quais componentes estarão on-premise e quais estarão na nuvem será aderente a realidade de cada empresa;

  5. Finalmente, olhar para a TI como uma oportunidade de negócio, através de soluções hosted ou on-premise: Como evolução natural da composição entre serviços locais e remotos, será possível a construção de camadas de serviços exportáveis, que forneçam interfaces para o mundo externo. Surgirá uma bela discussão sobre planejamento de capacidade e novamente a infra-estrutura de hardware para suportar essa cloud privada será questionada. Mas de fato, as organizações poderão aproveitar o modelo SAAS dentro de suas casas, ou simplesmente fornecer SAAS para outras empresas, gerando novos recursos a partir de sua própria infra-estrutura de TI ou contratos na cloud;

E por falar em oportunidades de negócio sobre o ambiente de TI, alguns números apresentados durante o evento impressionaram.  A cada segundo, temos:

  • 2 novos blogs criados;
  • 7 PC's vendidos;
  • 2.2 Milhões de emails enviados;
  • 520 mil links clicados;
  • 1.157 videos assistidos no YouTube;
  • 31 mil mensagens de texto trocadas;

Gigantesco, não é mesmo? Com certeza são oportunidades que se abrem para empresas que têm a TI como seu foco principal, ou que utilizam a TI como suporte para o negócio. Os desafios serão grandes, mas todos poderão ganhar.

Por enquanto é só! Até o próximo post :)

Waldemir.