A boa pergunta e o Personal Datacenter

Nesta quinta, numa mesa sobre cloud computing, a pergunta que achei mais interessante foi: quais aplicações irão para a nuvem no futuro?

Tenho uma intuição aqui. Três tipos de aplicações não irão para a nuvem:

  • Aplicativos simples como calculadoras e outros que não necessitam ter dados compartilhados;
  • Aplicativos que necessitam de muita interação com o usuário com respectiva leitura/escrita de dados, estes precisarão estar no nosso dispositivo por motivos de usabilidade;
  • Aplicativos que são core da empresa, isto é, que fazem a empresa se diferenciar, estes estarão em “casa”;

Outros participantes deram exemplos de missão crítica já acontecendo na nuvem hoje. Mas ainda tenho dúvidas. Como não igualo missão crítica com sistemas core, os exemplos não me convenceram. Correio é missão crítica, mesmo assim já existem muitas ofertas de correio na nuvem para as empresas. O Exchange Online é uma delas. Mas será que, por exemplo, um algoritmo de logística que diferencie a Fedex de outras empresas um dia irá para a nuvem?

Talvez ele vá para a nuvem como um desenvolvimento da Fedex hospedado na nuvem, mas não como uma oferta multi-inquilino, isto é para todos. Isto seria cloud-computing?

Talvez a causa da minha discordância seja o fato de que acredito na TI como uma das causas para diferenciação das empresas. Quem não acredita nisto pode prever que não haverá, no futuro, diferenciações nos softwares ou através dos softwares - portanto, não haverá um exemplo como o da Fedex.

Por fim, uma dúvida: em 10 anos nossa cpu terá vários cores (multi-cores) e espaço de disco gigantesco, semelhante a um datacenter. Voltaremos à descentralização em prol do Personal Datacenter?