Viveremos e Veremos

Tenho estudado um pouco o tema cloud computing , já que vou participar de um debate na próxima quinta (ver)...

Existem muitas visões diferentes e cada um puxa a sardinha para o seu lado – esta tem sido a minha impressão. Porém, algumas coisas estão estabilizadas: a internet é o veículo (daí a nuvem) e a computação é feita também fora da sua máquina com baixo acoplamento (daí falarem de serviços). Carregando a nomenclatura vêem outras tendências: software entregue como energia elétrica, capacidades de TI massivamente escaláveis, dados permanentemente na nuvem e temporariamente no dispositivo, etc.

Nomenclatura sem definições servem, a meu ver, para alguns usos como: abrir nossas cabeças para possibilidades futuras e novos tipos de softwares/serviços, criar bons burburinhos na comunidade e vender produtos e consultorias. Esta não é diferente.

Num primeiro exercício, aqui vão as tendências que encontrei e que me pareceram mais interessantes do ponto de vista técnico:

  • Sistemas operacionais novos, para funcionarem em datacenters com o máximo de otimização dos recursos (RedDog?);
  • Sistemas de virtualização para as massas – isto é, para rodar sua aplicação na nuvem sem grandes modificações, ou para trazer sua aplicação cliente da nuvem (App-V);
  • Linguagens e API’s para aproveitar o máximo dos datacenters;
  • Novos serviços, como o de cooperação entre PCs/dispositivos, servidores locais e serviços na nuvem (Mesh);
  • Sistemas federados;

Todas as aplicações rodarão num datacenter? O IDC fala que em 2011 apenas 25% das novas aplicações serão SaaS (outro sub-estilo do cloud computing). Existem motivos técnicos, financeiros, de negócio ou mesmo regulatórios para esta baixa velocidade de adoção nas empresas.

Eu, particularmente, acredito que existe uma questão técnica intransponível. Aprendi cedo que o melhor desempenho vem de algoritmos junto aos dados. Daí o uso de cachê em cpu’s, e toda a hierarquia de memória (registradores, cachê, memória, disco, fita, SAMs, etc.). Certos aplicativos, intensos em interações com o usuário e com de leituras escritas, merecem ficar em nossas máquinas – temos processador para isto - e, nesta hora, não há melhor desempenho do que o bom e velho .exe rodando na nossa máquina.

Viveremos e veremos.